8 de novembro de 2013

o vinho é sempre uma boa ideia ... (e até faz bem)



Atualmente está bem documentado que a ingestão moderada e regular de álcool pode diminuir o risco de contrair doenças cardiovasculares. Quando consumido com moderação, o álcool pode aumentar os níveis do chamado “bom colesterol” ou HDL e, desta forma, reduzir a formação de trombos e de placas de ateroma.

Alguns estudos defendem que a ação benéfica pode ser maior no vinho, sobretudo aos polifenóis, que não estão presentes ou se encontram em quantidades reduzidas noutras bebidas alcoólicas. A sua concentração no vinho varia em função de diversos fatores, como o processo de fabrico e de conservação, e é muito mais elevada nos tintos do que nos brancos. 

Os tintos fermentam em contacto com as películas das uvas, onde se encontra a maior parte dos polifenóis do fruto. Investigações realizadas em laboratório têm demonstrado que diversos compostos fenólicos têm atividade antioxidante, o que lhes permite proteger o “mau colesterol”ou LDL da oxidação e elevar a concentração de HDL no sangue.

Os polifenóis extraídos do vinho tinto também podem inibir a síntese da endotelina-1, um potente vasoconstritor, cuja produção, quando excessiva, está associada ao desenvolvimento de doenças vasculares, nomeadamente à aterosclerose. Além disso, verificou-se que os mesmos polifenóis estimulam a formação e a libertação de óxido nítrico (um vasodilatador) no endotélio, o tecido celular que reveste o interior do coração e dos vasos sanguíneos e linfáticos.

A ação dos polifenóis pode estender-se a outros campos. Por exemplo, constatou-se que alguns atuam como inibidores de certas enzimas que são, em parte, responsáveis pelo desenvolvimento de ateromas (aterosclerose) e de outras patologias, como tumores. O consumo moderado de vinho também foi associado a uma diminuição do risco de ocorrência de certas doenças relacionadas com o envelhecimento, como a degeneração macular (alterações físicas na área central da retina), a doença de Alzheimer e alguns défices cognitivos.


Precauções com medicamentos

O álcool potencia a sonolência provocada pelos anti-histamínicos, usados contra as alergias. Também aumenta a sonolência provocada pelos antidepressivos, antipsicóticos, ansiolíticos e medicamentos para a doença bipolar. Dependendo da dose, há risco de morte.

A combinação de bebidas alcoólicas com analgésicos como o paracetamol danifica o fígado. Já em conjunto com os anti-inflamatórios, podem causar hemorragias no estômago.

Misturado com fármacos para controlar a dor (opioides), o álcool pode provocar coma ou a morte.

Em conjunto com os broncodilatadores, para tratar problemas respiratórios, podem surgir náuseas, vómitos, dores de cabeça e irritabilidade.

Com as estatinas, para o colesterol, aumenta o risco de danos no fígado.

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